Palestra 18 - A Morte, recepção e surpresas, amigos e parentes, a vida e os trabalhos no além-túmulo


Já imaginou as surpresas e decepções que esperam a ignorante e pobre criatura no mundo espiritual? Que angústias não terá de experimentar, que aflições não terá de atravessar até que consiga entender que a posição social, econômica e cultural do indivíduo neste mundo não guarda relação alguma com a sua posição no mundo espiritual? Pessoas que neste mundo ocuparam posições de grande relevo ficam surpreendidas ao encontrarem do outro lado da vida, revestidos de luz e altamente respeitados, espíritos de antigos criados, seres obscuros que mal se fizeram notar, quando na Terra encarnados. E viram os chamados grandes na Terra em aflições insuportáveis, reduzidos à extrema penúria.
Isso não quer dizer que os ricos e poderosos fiquem no plano espiritual sofrendo, porque foram altamente colocados na hierarquia humana, nem que todos os miseráveis sejam espíritos de grande categoria. Aqui entre os homens podemos mascarar as nossas fraquezas, imperfeições e a inteligência do nosso espírito com uma bela casa, um automóvel de luxo, boas roupas para vestir, mesa farta e muita posse, mas lá, onde a verdade prevalece, a nossa boa bagagem espiritual é que vale, porque a outra, a material, fica no mundo da matéria. Não levamos ouro nem títulos, nem posições: levamos apenas, inscrito em nosso espírito o bem ou o mal que houvermos praticado. Se, ainda que modestamente, houvermos contribuído para deixar atrás de nós um mundo melhor, receberemos generosa paga pelo esforço feito. E mais ainda: quando voltarmos a renascer aqui estaremos nos beneficiando das coisas boas que ajudamos a implantar e a construir. Contra a morte de nada valem a riqueza, a Ciência e o poder – todos são iguais e deverão compreender o seu sentido renovador na evolução do Espírito. Uma existência material não vai além de 40 a 80 anos – é o tempo (médio) normal que pode durar um corpo carnal.

A morte do corpo é renovação para o Espírito cansado, enfermo e sobrecarregado de deveres e, muitas vezes, falido nas suas pretensões na vida atual. É a sabedoria divina dando oportunidade periódica de afastamento do cenário das dores e provas. A morte é simples mudança de lugar e estado, mas sempre é VIDA. O justo não a teme, pois sabe que amigos e parentes, que o precederam na viagem, o esperam carinhosamente. Os criminosos frios, maus, duros e irresponsáveis – estes sim – devem temê-la, pois encontrarão muitos inimigos, situações vexatórias e tormentos no Astral. Os seres que se fecham no ódio, ignorância, egoísmo, violência, maldade, indiferença, se precipitam no mal e destroem, por si mesmos, os tecidos perispirituais e iniciam a desagregação do organismo psíquico. A desarmonia interna, provocada pela agitação, degrada a forma, tomando a aparência de Espíritos humanos com as formas horripilantes, monstruosas: cabeça de homens com corpos de animais, faces inchadas, figuras agigantadas, etc. Muitos retornam às formas inferiores a que já passaram. Um dia voltarão à normalidade. Passarão por muitas tormentas – é o preço da incúria. Todo desencarne longo e com muito sofrimento é indício certo de expiação e defecção de cargas fluídicas e vibrações doentias e pesadas. O sofrimento aparentemente inútil é providência médica do Alto, a fim de evitar que o desencarnante leve para o astral o que pode deixar no corpo físico. Após o desencarne doloroso, todos passam pela sonolência e período de descanso.


 

As palestras são transmitidas de maneira simples, objetiva e exemplificada, em diversos dias e horários. Ao final da palestra, todos os presentes recebem o Passe Coletivo.